Bem pessoal, como eu havia prometido há um tempo atrás, aí vai a história por completo do Los Angeles Kings. Já que somos a maior torcida do SoCal, vale a pena ler!
1960's
Existente em um local onde a cultura esportiva foi baseada em esportes que se praticam ao ar livre, como basquete, futebol (americano) e beisebol, o Los Angeles Kings Hockey Club embarca na sua 40ª temporada e 41° ano de existência no ensolarado sul californiano. Nunca antes de 9 de fevereiro de 1966, quando Jack Kent Cooke adquiriu uma franquia da National Hockey League, o hóquei foi disputado ao seu nível mais alto numa cidade que fica entre as bonitas praias do oceano pacífico.
Cooke, um magnata nascido em terras canadenses que fez boa parte de sua fortuna em investimentos na mídia, resolveu trazer o esporte que ele tanto amava para a cidade onde ele já era dono do Los Angeles Lakers, time que disputa a NBA. Querendo dar um ar de realeza ao time, ele o nomeou de "Kings" e o time fez parte dos seis times que dobraram a NHL daquela época de tamanho, que, dos Original Six, passou para doze times, começando pela temporada de 1967-68. Parte do plano de Cooke era construir um "Estado-da-arte", um local que servisse de arena esportiva e, ao mesmo tempo, entretenimento familiar. O Local logo foi chamado de "The Fabulous Forum" e seria a casa dos Kings pelas próximas 32 temporadas.
Com a nova arena programada para abrir no meio da temporada, Os Kings jogaram sua primeira partida pela NHL no dia 14 de outubro de 1967, contra o Philadelphia Flyers na Long Beach Arena onde eles foram liderados por Brian Kilrea, que marcou dois gols e ajudou a derrotar os Flyers por 4x2. Por mais de dois meses eles dividiram os jogos entre a Long Beach e a Los Angeles Sports Arena até 30 de dezembro de 1967, quando eles receberam os Flyers na nova Fabulous Forum. Liderados pelo treinador principal Red Kelly, os Kings terminaram sua primeira temporada em segundo lugar na divisão oeste, apenas um ponto atrás do Philadelphia. Sua campanha de 31-33-10 é uma das melhores campanhas iniciais por qualquer time em qualquer esporte.
Sem um grande nome pra carregar a tocha pela nova franquia, Cooke resolveu transformar seus jogadores em celebridades com seus espertos apelidos, que ele criou pessoalmente. No gelo do Forum jogaram caras como Eddie “The Jet” Joyal, Eddie “The Entertainer” Shack, Bill “Cowboy” Flett, Juha “Whitey” Widing e Real “Frenchy” Lemieux.
1970's
A aquisição de Bob Pulford, que futuramente iria para o Hall da Fama, em 1970 deixou ao elenco de Los Angeles certa moral e respeito, e pela temporada de 1972-73, Pulford assumiu o cargo de treinador principal do time e guiou o time pra uma de suas melhores temporadas.
As próximas duas temporadas foram de suma importância, porque colocaram o nome dos Kings de vez em Los Angeles e também o time ficou conhecido por toda a NHL. Liderados pelo goleiro All-Star Rogie Vachon, junto com um bando de jogadores raçudos e trombadores, que incluem nomes como Butch Goring, Mike Murphy e Bob Nevin, que jogavam bem o estilo agressivo de Pulford ,os Kings conseguiram um recorde de 42-17-21 em 1974-75, a quarta melhor daquela temporada, e também estabeleceu recordes do time que permanecem até hoje, para pontos (105) e menos derrotas (17). Vachon permanece como um dos jogadores mais famosos do time e sua camisa n° 30 foi imortalizada pelo time em 1985.
A temporada seguinte viu o Los Angeles Kings fazer sua 1ª troca grande, uma que trouxe uma jovem promessa da época, Marcel Dionne. Já conhecido como um bom goleador, o atacante de 24 anos foi ao caminho certo rumo aos livros de recordes da franquia, fazendo novas marcas pra gols (40), assistências (54, empatando com Juha Widing) e pontos (94) em sua primeira temporada em Los Angeles. Um ano depois, Dionne se tornou o primeiro Kings a marcar mais de 50 gols e 100 pontos numa única temporada, com 53 gols e 122 pontos.
O status de Dionne foi a níveis mais altos quando foi posto pra jogar com dois jogadores jovens e desconhecidos, que eram Dave Taylor e Charlie Simmer. Taylor era um graduado da Clarkson University que os Kings recrutaram na 15ª escolha de 1975, e Simmer, que jogou a maior parte do tempo em ligas menores, estava tendo dificuldades para se habituar ao dia-a-dia do clube. Eles juntaram forças pela primeira vez em 13 de janeiro de 1979, em Detroit onde Dionne marcou quatro gols com seus novos companheiros. Durante aquela temporada de 1979, o Dr. Jerry Buss comprou os Kings, os Lakers e o Forum de Cooke por $67.5 million, um negócio que foi, na época, a maior transação do mundo dos esportes.
1980's
Mas a combinação de Dionne, Taylor e Simmer não mudou e a linha ficou conhecida como a "Triple Crown" (Tríplice Coroa), e eles aproveitaram um período que durou mais de duas temporadas, marcando gols como poucas linhas de ataque na história da NHL fizeram. Eles chegaram ao apogeu em 1979-80 quando Dionne ganhou o título de artilharia da NHL com 137 pontos (53 gols, 84 assistências), Simmer estabeleceu um recorde da franquia com 56 gols (junto com 45 assistências) incluindo uma série (que ainda é recorde na NHL nos dias de hoje) de 13 jogos marcando gols, e Taylor marcou 90 pontos (37 gols com 53 assistências).
Sob os comandos do técnico Bob Berry, o time de 1980-81 marcou uma das melhores temporadas do time, com 43-24-13, ainda atualmente a segunda maior marca de vitórias dos Kings numa temporada. Naquele mesmo ano, os Kings foram os anfitriões do Jogo das Estrelas de 1981 com Dionne, Taylor, Simmer e o goleiro Mario Lessard fazendo parte da comemoração. Ao final da temporada, Dionne, Taylor e Simmer se tornaram a primeira linha na história da NHL onde os três membros passaram da marca dos 100 pontos (Dionne –135, Taylor – 112, Simmer – 105), mas uma perna quebrada de Simmer em 3 de março de 1981, marcou o fim dos bons momentos do trio. Juntos, Dionne (58-77=135 pontos), Taylor (47-65=112 pontos) e Simmer (56-49=105 pontos) fizeram 161 gols e 352 pontos.
A temporada de 1981-82 foi decepcionante e digno do esquecimento, com uma marca de 24-41-15, mas o que aconteceu nos playoffs daquele ano ainda permanece como um dos momentos mais emocionantes na história do clube e da liga. Enfrentando o grande favorito da época Edmonton Oilers na melhor-de-cinco que era a primeira rodada, os Kings fizeram duas grandes façanhas – uma, em vencer aquela série, três a dois, e a outra, em vencer o jogo 3 daquela série, para sempre lembrado como “Miracle on Manchester" (Milagre de Manchester).
Perdendo por 5x0 no 3° período em 10 de abril de 1982, os Kings lutaram bravamente para tentar voltar ao jogo até Steve Bozek mandar aquele jogo à prorrogação, empatando o jogo em 5x5 com 5 minutos para o fim do jogo. Aos 2:35 da prorrogação, o pouco conhecido novato Daryl Evans mandou um chute sobre o ombro de Grant Fuhr para selar um fim improvável a um jogo incrível. Após perder o jogo 4 em casa, os Kings fecharam a série com uma vitória por 7x4 no jogo 5 em Edmonton.
Durante as próximas temporadas, Dionne foi o líder do time dentro e fora do gelo, mas uma onda de jovens jogadores tembém deixariam sua marca no Forum Azul e Dourado. Bernie Nicholls, Larry Murphy, Jim Fox, Mark Hardy, Jay Wells, Steve Bozek, Doug Smith, Brian MacLellan, Grant Ledyard e Garry Galley estavam entre os favoritos entre os torcedores da época do meio dos anos 80. Três jogadores representaram o time no Jogo dos Novatos em 1986-87 – Luc Robitaille, Jimmy Carson e Steve Duchesne. A era Dionne em Los Angeles acabou quando os Kings trocaram o central para o New York Rangers em 10 de março de 1987, e ele ainda receberia a última honra em 1992 com a introdução dele no Hockey Hall of Fame. Sua camisa imortalizada Nº 16 está erguida na parede sul do STAPLES Center.
Um pouco depois de os Kings trocarem sua primeira estrela, Dionne, outra superestrela veio para Los Angeles, levando o hóquei a níveis jamais vistos na califórnia do sul. Em 9 de agosto de 1988 – a data que mudou o futuro do hóquei em Los Angeles. Os Kings adquiriram Wayne Gretzky, tido para muitos como o melhor jogador de todos os tempos do hóquei. Os efeitos de Gretzky em uma mídia como a de Los Angeles foram sentidos imediatamente, dando aos Kings status de primeira página em uma base regular pela primeira vez na história. Uma entrada para o jogo dos Kings passou de uma das mais fáceis para uma das mais difíceis de conseguir. O merchandising do time, junto com os novos uniformes prata e preto. Os rinques de gelo no sul da califórnia, à beira da extinção, encontraram nova vida, já que muitos outros tiveram que ser construídos para poder acomodar a avalanche do hóquei jovem, que se propagava pela região.
Em sua primeira temporada como um King (1988-89), Gretzky deixou uma marca de 168 pontos (54 gols e um recorde da franquia de 114 assistências), liderando o clube a uma temporada de 42-31-7 e eliminando o Edmonton Oilers na primeira série dos playoffs daquele ano. Os esforços de Gretzky lhe renderam o nono Hart Trophy como o jogador mais valioso da NHL. Nicholls Marcou o recorde dos Kings em gols com 70. Dois anos depois sob o comando do técnico Tom Webster, os Kings venceram o primeiro título de divisão na história da franquia quando eles venceram a Smythe Division com 102 pontos, incluindo um recorde no time de 46 vitórias.
1990's
A temporada de 1992-93 foi bem emocionante, já que o time fez o caminho até a final da Copa Stanley contra o tradicionalíssimo Montreal Canadiens. No primeiro ano do técnico Barry Melrose, os Kings entraram mais como azarões e travaram grandes batalhas contra Calgary, Vancouver e uma histórica série de sete jogos contra o Toronto Maple Leafs que deixaram os Kings nas finais da Copa Stanley pela primeira vez na história da franquia. Infelizmente, os Kings perderam aquela série final em cinco jogos(que incluíram três derrotas seguidas na prorrogação), mas não antes dos Kings espalharem a febre do hóquei na califórnia do sul.
As próximas três temporadas foram um fracasso, já que o time não conseguiu manter o fogo e a intensidade que levou à corrida histórica de 1992-93 e o dono dos Kings naquela época, Bruce McNall, vendeu o time para Joseph Cohen e Jeffrey Sudikoff.
Uma grande reviravolta no plantes do time o levou a uma depleção de talentos, e Melrose foi liberado de suas atividades no fim da temporada de 1994-95. Naquele verão, os Kings quase foram à falência, mas o clube ainda assim continuou a operar e o zagueiro Larry Robinson, que está no Hall of Fame, foi contratado para o lugar de Melrose. Foi nessa hora que Philip F. Anschutz e Edward P. Roski, Jr. tiraram os Kings da beira da falência e começaram um processo de recosntrução para trazer os Kings de volta à elite. Perto do fim do seu contrato, e querendo uma Stanley Cup pra poder selar sua gloriosa carreira da NHL, Gretzky pediu para ser trocado para um time que brigaria pelo título e foi para o St. Louis Blues em 27 de fevereiro de 1996, em troca de três jogadores e duas escolhas de draft (ele depois assinou um contrato com agente livre a encerrou sua carreira no New York Rangers em 1999).
Os Kings passavam por uma fase de "reconstrução" e o então gerente geral Sam McMaster foi liberado de seus deveres e foi reposto pelo lendário King Dave Taylor. Outro tiro-no-braço foi dado pela franquia quando Taylor trouxe de volta aos Kings o ala esquerda Luc Robitaille do New York Rangers no começo da temporada de 1997-98. Infelizmente para Robinson, esse tempo só trouxe uma boa temporada (1997-98, a primeira aparição do time em playoffs em 5 anos) e seu contrato não foi renovado após a temporada de 1998-99.
Com Taylor gerenciando a franquia, uma nova era estava para vir nos horizontes dos Kings. depois de uma busca detalhada que envolveu certos candidatos, Taylor apostou no ex-treinador do time do Canadá Andy Murray, que passou os últimos anos treinando seu filho no Shattuck-St. Mary de Faribault, Minnesota. Murray, com mais de 25 anos de experiência como técnico, se tornou o 19° técnico na história do Los Angeles Kings. Murray se tornaria o maior técnico em número de vitórias do clube.
2000's
Os Kings terminaram a temporada de 1999-00 com 94 pontos, a melhor em nove anos. A próxima temporada foi uma tremenda reviravolta. Capitão do time já ha um bom tempo, o zagueiro Rob Blake, que seria um agente livre, foi trocado para o Colorado Avalanche. Numa troca que deu o que falar, os Kings receberam o ala esquerda Adam Deadmarsh e o defensor Aaron Miller em retorno. Na mesma semana, os Kings adquiriram o decadente goleiro Felix Potvin do Vancouver Canucks por futuras considerações, e os Kings, apesar de tantas mudanças perto do fim da temporada, terminarou a temporada com impressionantes 92 pontos, a primeira vez que o time duas campanhas seguidas com mais de 90 pontos.
Esse era apenas o começo de tudo, entretanto, porque os Kings enfrentaram o Detroit Red Wings, que estava numa fase muito boa, na primeira fase da pós-temporada. Com as séries em 2x1 para o Detroit e perdendo por três a zero no jogo 4 com menos de três minutos para o fim, os Kings empataram com três gols, incluindo o gol de empate de Byan Smolinski que levou o público do Staples Center à loucura. Os Kings mantiveram o impulso e, aos 2:36 da prorrogação, o novato Eric Belanger selou a vitória de Los Angeles. O episódio ficou conhecido como “Frenzy on Figueroa” , e foi a chama que levou o time a uma vitória em Detroit no jogo 5 e fez o time fechar a série no jogo 6 com dois gols de Deadmarsh e levou o time à próxima fase para enfrentar o Avalanche. Mas uma vez como azarão, os Kings batalharam, mas perderam no jogo 7 para o eventual campeão.
A temporada de 2001-02 teve Los Angeles recebendo o NHL All-Star Game pela 2ª vez – e a primeira no STAPLES Center – e uma aquisição no meio da temporada com Boston que trouxe o central Jason Allison. Essa aquisição se mostrou impagável, ja que o central liderou os Kings com 74 points jogando todos os 73 jogos remanescentes pelos Kings. Ele também ajudou os Kings a marcarem mais de 90 pontos pela 3ª vez consecutiva - e também a conquistar lugar na pós-temporada.
A temporada de 2002-03 parecia bem promissora. começando com a imortalização da camisa n° 99 de Wayne Gretzky em 9 de outubro de 2002 (a quarta camisa imortalizada na história dos Kings), os Kings abriram a temporada com uma campanha de 5-2-2 e pareciam ter uma campanha de sucesso. Entretanto, uma série de lesões, incluindo Allison (joelho e concussão) e Deadmarsh (síndrome pós-concussão) prejudicaram seriamente o time, fazendo um recorde na franquia de homens-jogos perdidos por lesão em 536. Durante a temporada, Taylor chamou muitos jogadores veteranos, incluindo Robitaille, para tentar reforçar o elenco, mas as lesões continuaram assombrando o time (629 homens-jogos, a maior marca na história da NHL) – não puderam ser superadas pelos Kings, que permaneceram na luta por uma vaga até as últimas semanas. Allison e Deadmarsh (com sintomas de concussão nunca jogaram e Palffy perdeu os 42 jogos finais com um ombro deslocado.
Porém, Robitaille em 2003-04 voltou a sua forma e liderou o time em pontos com 51 , e em 22 de março de 2004, ele se tornou o ala esquerda que mais pontuou na NHL quando deu assistência no gol de Jozef Stumpel em pleno STAPLES Center. Além disso, o atacante Alexander Frolov não só liderou o time em gols com 24, como também foi votado como o jogador mais popular do time.
No STAPLES Center, os Kings continuaram a receber apoio da torcida. Eles tiveram uma média de 17,878 pessoas por jogo, e zeraram os ingressos em 30 jogos. em 27 de dezembro de 2003, os Kings tiveram um público de 18,743, maior público que já foi ver um jogo de hóquei na califórnia.
O locaute da NHL tirou o hóquei em 2004-05, e embora o time tenha se saído mal em 2005-06, os leais fãs dos Kings continuaram a ir ao STAPLES Center quando o time zerou os ingressos 27 vezes e teve uma média de público de 17,821, a segunda maior na história da franquia. Apesar de ter muitos jogadores veteranos, na segunda metade da temporada o time decaiu e ficou de fora da pós-temporada, fato que resultou numa limpeza da direção e do setor inteiro de treinamento.
O gerente geral dos Sharks Dean Lombardi foi nomeado como o novo presidente e gerente geral do time. Lombardi rapidamente chamou Marc Crawford, um ex-vencedor da Copa Stanley, e o ex-goleiro Ron Hextall como assistente de gerência geral.
Lombardi e sua equipe começaram a trabalhar arduamente, tomando como obrigação o recrutamento de 2006. Os Kings fizeram nove escolhas– duas na primeira rodada -e se iniciou o processo de renovação da sua reserva. Então, já na agência livre, os Kings assinaram com Rob Blake. Uma superestrela na linha azul, ele já era conhecido pelos torcedores, porque iniciou sua carreira no time e foi nele que adquiriu o status de estrela, pelo seu ótimo jogo. Ele ganhou o Norris Trophy em 1998 como o melhor zagueiro da NHL, o primeiro dos Kings a vencer o título, e ele foi o capitão do time por muitas temporadas. Ele foi um jogador-chave da fantásica temporada de 1993.
A primeira temporada de Lombardi/Crawford não resultou em pós-temporada, mas haviam muitos talentos surgindo. Jogadores como Anze Kopitar, Michael Cammalleri, Alexander Frolov, Dustin Brown e Jack Johnson surgiram junto com um grupo de jogadores respeitados, como Rob Blake, Derek Armstrong, Lubomir Visnovsky e Scott Thornton. E depois, Lombardi adicionou aos Kings jogadores como os atacantes Michal Handzus, Kyle Calder and Ladislav Nagy, e os zagueiros Tom Preissing e Brad Stuart.
Pelo lado dos negócios do clube, Robitaille – que teve sua camisa n° 20 imortalizada em janeiro de 2007 – foi nomeado como o presidente do clube em operações de negócios. As primeiras duas temporadas de Lombardi não renderam a pós-temporada, mas há muitos talentos jovens no time, como Jack Johnson, Drew Doughty e Thomas Hickey, e no gol onde Jonathan Bernier lidera um grupo de goleiros jovens, que continuam desenvolvendo seu jogo, e com a emergência de Jonathan Quick. Ao mesmo tempo, também tem muito talento de sobra no ataque – Anze Kopitar, Dustin Brown, Alexander Frolov, Jarret Stoll, Justin Williams e Brain Boyle – que ainda têm que atingir seus ápices.
Muitos já fizeram parte do passado dos Kings, mas cada um já cumpriu uma parte do dever, que consiste em marcar uma parte numa história que ainda tem que ser completa e continuar sendo escrita, com muitos sucesos e emoções, é claro, que ainda virão para alegrar os mais fiéis torcedores do Los Angeles.
Los Angeles Kings
Conferencia | Oeste |
---|---|
Divisao | Pacifico |
Fundação | 1967 |
Historia | Los Angeles Kings 1967–presente |
Arena | Staples Center |
Cidade | Los Angeles, California |
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Vídeo do Blog
" The Great Book of Los Angeles Sports Lists", informa: Kings Fans são os melhores da So-Cal.
Bom galera, sem muito o que fazer e só esperando o draft e como se comportará nossos colegas de terno e gravata com relaçao ao nosso time para a temporada 09-10 resolvi contar um pouco de nossa bela história, na verdade quem contará nao será eu e sim Marcelo Constantino da TheSlot.com.br. Primeiramente vamos explicar o porquê do nome "Miracle on Manchester", "Miracle" se refere à milagre em inglês (lol), O "on Manchester" foi motivado pelo fato de a antiga arena onde o Kings mandava seus jogos, The Forum (palco do LA Kings de 1967 até 1999) , era situada em uma avenida do subúrbio de Los Angeles, a Manchester Boulevard. Então vamos aos fatos:
Por Marcelo Constantino
O ano é 1982. Playoffs da NHL, semifinais da Divisão Smythe. Los Angeles Kings contra Edmonton Oilers, que começava ali a última das grandes dinastias da liga, já tendo no elenco jogadores como Wayne Gretzky, Mark Messier, Jarri Kurri, Paul Coffey e o goleiro Grant Fuhr.
Os Kings, indiscutíveis azarões da série (fecharam a temporada com uma campanha de 24-41-15), surpreenderam quando meteram 10-8 na verdadeira pelada que foi o jogo 1. Eles perdiam por 4-1 e viraram a partida, batendo o recorde de gols num jogo de playoffs. Mas os Oilers empataram a série no encontro seguinte e pareciam sobrar no jogo 3, no dia 10 de abril daquele ano.
O jogo 3 é conhecido como o "Milagre de Manchester".
O Edmonton foi para o vestiário no segundo intervalo da partida com acachapantes 5-0 de vantagem no placar, em grande parte graças à magia de Wayne Gretzky -- ainda no começo de sua inquestionável carreira --, que havia marcado dois gols e duas assistências, e Grant Fuhr, que havia defendido todos os 31 chutes disparados pelos Kings.
O técnico do LA, Don Perry, esperava simplesmente que seu time ao menos fosse superior no terceiro período, para carregar algum "momentum" para o jogo seguinte. Marcel Dionne, jogador dos Kings naquela partida, recorda: "Se você me perguntasse naquele segundo intervalo se havia alguma chance de virar aquele jogo, diria que era mínima. Mas nós sabíamos que os Oilers jogavam num estilo aberto e, enquanto estivéssemos no gelo, não iríamos desistir".
E não desistiram mesmo. Veio então o primeiro gol do Los Angeles, logo no começo do período. Depois mais um. "É, eles marcaram alguns gols", lembra Messier. "Mas sofrer gols nunca foi problema para o nosso time."
Dionne, do outro lado, tem outra lembrança após o time marcar o segundo gol: "Lembro de olhar para o [então técnico do Edmonton] Glen Sather sorrindo no banco, e pensei comigo: 'Ei, nós não somos ruins assim...'"
Aos 14:38 os Kings marcaram o terceiro gol e o que parecia sólido começava a tremer. "Pela primeira vez despertamos para o que significava 'momentum', recorda Messier. "Perdemos umas três ou quatro chances incríveis de gol naquele período".
Exatamente. Num lance, Lassard, goleiro dos Kings, fez uma grande defesa quando um atacante do Edmonton entrava livre para marcar. Noutro lance, o novato Daryl Evans salvou com o taco o que seria um gol certo dos Oilers, com goleiro batido e o gol aberto. A terceira grande chance de fechar o placar veio quando o jogo estava 5-3, mais uma vez com um jogador entrando livre, cara a cara com Lassard.
O chute foi por cima do gol, e Unger, jogador dos Oilers, chegou para disputá-lo atrás do gol. Ele foi contido por Dave Lewis, dos Kings, e lhe deu uma tacada na cara. Penalidade "major" marcada. O relógio cravava exatos 15:00 jogados no período.
Os Kings ganharam a oportunidade de permanecer pelo menos os três minutos restantes do período com um homem a mais, já que Lewis recebeu uma penalidade menor no mesmo lance. "Com aqueles cinco minutos de penalidade 'major' eu acho que nós tiramos a Copa Stanley dos Oilers", afirma Dionne.
Aos 15:59, ainda com quatro patinadores de cada lado, os Kings diminuíram o placar para 5-4 e o The Great Western Forum ficou pequeno para os 16 mil torcedores que o lotavam. Começou uma pressão absurda por parte do LA, mas o gol não saía.
No último minuto, os Kings retiraram o goleiro para ter uma vantagem de dois homens e tentar o empate inacreditável. Todo o estádio estava de pé, as câmeras mal conseguiam espaço para registrar o jogo. Encurralados, os Oilers apenas rezavam para os segundos passarem, mas cada um desses segundos parecia se arrastar com impressionante lentidão.
Vinte segundos para o fim. Grant Fuhr defende um chute à queima-roupa, o disco sobra para Gretzky, na altura do círculo esquerdo, que não consegue dominá-lo. Fox lhe rouba o disco, carrega e passa para Hardy disparar a gol, na altura da linha azul. Fuhr defende novamente, mas dá rebote. O novato Steve Bozek aproveita a chance e marca o gol. Faltam míseros cinco segundos para o fim. O estádio explode em êxtase, num momento absolutamente emocionante.
O legendário narrador dos jogos dos Kings na TV, Bob Miller, assim narrou o gol: "...taken away by Fox. Fox in front... to the blue line to Hardy. He shoots! Save! Rebound... Scooore!"
"Depois que empatamos, a maioria dos Oilers estava em estado de choque, alguns jogadores permaneciam caídos no gelo", lembra Dionne. "Olhei para o banco e Glen Sather não sorria mais. Ei, ele não estava lá muito feliz!"
No vestiário antes da prorrogação todo o time comemorava efusivamente o empate. O novato Daryl Evans, que fora penalizado por dez minutos por má conduta naquele terceiro período era um que comemorava loucamente. Convocado no fim da temporada e último jogador a compor o elenco para os playoffs, ele virou-se para o colega Jerry Korab e disse: "Eu queria disparar a gol ao menos uma vez".
Os Oilers ainda tiveram uma chance de ouro na prorrogação, quando Lassard saiu do gol até a altura dos círculos para parar um jogador que entrava livre. O disco sobrou para Messier, que driblou o goleiro e tinha o gol inteiramente aberto para marcar. Ele bateu de backhand e o disco passou ao lado da baliza.
O chute que Daryl Evans tanto queria dar veio aos 2:35 da prorrogação, logo após Doug Smith ter vencido a reposição de disco, e passou pelo goleiro Grant Fuhr para fechar a inacreditável e histórica virada.
Miller narrava: "Face-off to the left of Grant Fuhr. Doug Smith out with Daryl Evans and Bozek... an all-rookie line. Wells and Chartraw back. Smith on the draw... shot by Evans... HE SCOOORES! Daryl Evans wins the game for the Kings! Daryl Evans shot it from the right side up under the crossbar and the Kings have taken the lead in the series! They came from behind to win it in overtime, 6-5... ."
Os Kings venceram a série em cinco jogos (3-2) e foram eliminados na fase seguinte pelo Vancouver Canucks. A cena de Evans patinando e comemorando o gol é das mais emocionantes da história dos playoffs da NHL. Possivelmente é o grande momento da história dos Kings.
É certamente a maior virada já vista na história dos playoffs da NHL.
Vídeo da partida:
deu muito trabalho para ser feito. YouTube e o Dailymotion não aceitaram a musica do vídeo, por causa dos direitos autorais da musica. Mas está feito!
Quick Merece!