Bom galera, sem muito o que fazer e só esperando o draft e como se comportará nossos colegas de terno e gravata com relaçao ao nosso time para a temporada 09-10 resolvi contar um pouco de nossa bela história, na verdade quem contará nao será eu e sim Marcelo Constantino da TheSlot.com.br. Primeiramente vamos explicar o porquê do nome "Miracle on Manchester", "Miracle" se refere à milagre em inglês (lol), O "on Manchester" foi motivado pelo fato de a antiga arena onde o Kings mandava seus jogos, The Forum (palco do LA Kings de 1967 até 1999) , era situada em uma avenida do subúrbio de Los Angeles, a Manchester Boulevard. Então vamos aos fatos:
Por Marcelo Constantino
O ano é 1982. Playoffs da NHL, semifinais da Divisão Smythe. Los Angeles Kings contra Edmonton Oilers, que começava ali a última das grandes dinastias da liga, já tendo no elenco jogadores como Wayne Gretzky, Mark Messier, Jarri Kurri, Paul Coffey e o goleiro Grant Fuhr.
Os Kings, indiscutíveis azarões da série (fecharam a temporada com uma campanha de 24-41-15), surpreenderam quando meteram 10-8 na verdadeira pelada que foi o jogo 1. Eles perdiam por 4-1 e viraram a partida, batendo o recorde de gols num jogo de playoffs. Mas os Oilers empataram a série no encontro seguinte e pareciam sobrar no jogo 3, no dia 10 de abril daquele ano.
O jogo 3 é conhecido como o "Milagre de Manchester".
O Edmonton foi para o vestiário no segundo intervalo da partida com acachapantes 5-0 de vantagem no placar, em grande parte graças à magia de Wayne Gretzky -- ainda no começo de sua inquestionável carreira --, que havia marcado dois gols e duas assistências, e Grant Fuhr, que havia defendido todos os 31 chutes disparados pelos Kings.
O técnico do LA, Don Perry, esperava simplesmente que seu time ao menos fosse superior no terceiro período, para carregar algum "momentum" para o jogo seguinte. Marcel Dionne, jogador dos Kings naquela partida, recorda: "Se você me perguntasse naquele segundo intervalo se havia alguma chance de virar aquele jogo, diria que era mínima. Mas nós sabíamos que os Oilers jogavam num estilo aberto e, enquanto estivéssemos no gelo, não iríamos desistir".
E não desistiram mesmo. Veio então o primeiro gol do Los Angeles, logo no começo do período. Depois mais um. "É, eles marcaram alguns gols", lembra Messier. "Mas sofrer gols nunca foi problema para o nosso time."
Dionne, do outro lado, tem outra lembrança após o time marcar o segundo gol: "Lembro de olhar para o [então técnico do Edmonton] Glen Sather sorrindo no banco, e pensei comigo: 'Ei, nós não somos ruins assim...'"
Aos 14:38 os Kings marcaram o terceiro gol e o que parecia sólido começava a tremer. "Pela primeira vez despertamos para o que significava 'momentum', recorda Messier. "Perdemos umas três ou quatro chances incríveis de gol naquele período".
Exatamente. Num lance, Lassard, goleiro dos Kings, fez uma grande defesa quando um atacante do Edmonton entrava livre para marcar. Noutro lance, o novato Daryl Evans salvou com o taco o que seria um gol certo dos Oilers, com goleiro batido e o gol aberto. A terceira grande chance de fechar o placar veio quando o jogo estava 5-3, mais uma vez com um jogador entrando livre, cara a cara com Lassard.
O chute foi por cima do gol, e Unger, jogador dos Oilers, chegou para disputá-lo atrás do gol. Ele foi contido por Dave Lewis, dos Kings, e lhe deu uma tacada na cara. Penalidade "major" marcada. O relógio cravava exatos 15:00 jogados no período.
Os Kings ganharam a oportunidade de permanecer pelo menos os três minutos restantes do período com um homem a mais, já que Lewis recebeu uma penalidade menor no mesmo lance. "Com aqueles cinco minutos de penalidade 'major' eu acho que nós tiramos a Copa Stanley dos Oilers", afirma Dionne.
Aos 15:59, ainda com quatro patinadores de cada lado, os Kings diminuíram o placar para 5-4 e o The Great Western Forum ficou pequeno para os 16 mil torcedores que o lotavam. Começou uma pressão absurda por parte do LA, mas o gol não saía.
No último minuto, os Kings retiraram o goleiro para ter uma vantagem de dois homens e tentar o empate inacreditável. Todo o estádio estava de pé, as câmeras mal conseguiam espaço para registrar o jogo. Encurralados, os Oilers apenas rezavam para os segundos passarem, mas cada um desses segundos parecia se arrastar com impressionante lentidão.
Vinte segundos para o fim. Grant Fuhr defende um chute à queima-roupa, o disco sobra para Gretzky, na altura do círculo esquerdo, que não consegue dominá-lo. Fox lhe rouba o disco, carrega e passa para Hardy disparar a gol, na altura da linha azul. Fuhr defende novamente, mas dá rebote. O novato Steve Bozek aproveita a chance e marca o gol. Faltam míseros cinco segundos para o fim. O estádio explode em êxtase, num momento absolutamente emocionante.
O legendário narrador dos jogos dos Kings na TV, Bob Miller, assim narrou o gol: "...taken away by Fox. Fox in front... to the blue line to Hardy. He shoots! Save! Rebound... Scooore!"
"Depois que empatamos, a maioria dos Oilers estava em estado de choque, alguns jogadores permaneciam caídos no gelo", lembra Dionne. "Olhei para o banco e Glen Sather não sorria mais. Ei, ele não estava lá muito feliz!"
No vestiário antes da prorrogação todo o time comemorava efusivamente o empate. O novato Daryl Evans, que fora penalizado por dez minutos por má conduta naquele terceiro período era um que comemorava loucamente. Convocado no fim da temporada e último jogador a compor o elenco para os playoffs, ele virou-se para o colega Jerry Korab e disse: "Eu queria disparar a gol ao menos uma vez".
Os Oilers ainda tiveram uma chance de ouro na prorrogação, quando Lassard saiu do gol até a altura dos círculos para parar um jogador que entrava livre. O disco sobrou para Messier, que driblou o goleiro e tinha o gol inteiramente aberto para marcar. Ele bateu de backhand e o disco passou ao lado da baliza.
O chute que Daryl Evans tanto queria dar veio aos 2:35 da prorrogação, logo após Doug Smith ter vencido a reposição de disco, e passou pelo goleiro Grant Fuhr para fechar a inacreditável e histórica virada.
Miller narrava: "Face-off to the left of Grant Fuhr. Doug Smith out with Daryl Evans and Bozek... an all-rookie line. Wells and Chartraw back. Smith on the draw... shot by Evans... HE SCOOORES! Daryl Evans wins the game for the Kings! Daryl Evans shot it from the right side up under the crossbar and the Kings have taken the lead in the series! They came from behind to win it in overtime, 6-5... ."
Os Kings venceram a série em cinco jogos (3-2) e foram eliminados na fase seguinte pelo Vancouver Canucks. A cena de Evans patinando e comemorando o gol é das mais emocionantes da história dos playoffs da NHL. Possivelmente é o grande momento da história dos Kings.
É certamente a maior virada já vista na história dos playoffs da NHL.
Vídeo da partida:
Los Angeles Kings
Conferencia | Oeste |
---|---|
Divisao | Pacifico |
Fundação | 1967 |
Historia | Los Angeles Kings 1967–presente |
Arena | Staples Center |
Cidade | Los Angeles, California |
3 comentários:
Grande Materia.
Olha o Bob Miller, véi.. haha
Graandee Bob Miller, Os jogos do Kings não seria nada sem o o bob, eterno narrador! :)
Virada em cima de Fuhr, Gretzky,Messier, Kurri.. Não é pra qualquer um.. Dionne que o diga!
verdade rommel, e naquela epoca o Bob ja era velho, nao mudou nada heheheh
Nesse ano deu Isles pela 4ª vez seguida... outros tempos hein hahaha
abs
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