Na última semana tivemos a confirmação de algo que muitos especulavam, o número 4 usado por Rob Blake durante 14 temporadas com os Kings se juntará aos números de Taylor, Dionne, Vachon, Gretzky e Robitaille no topo do Staples Center, e será aposentado. Essa decisão foi tomando corpo desde o convite para trabalhar ao lado de Dean Lombardi, após a saída de Ron Hextall para os Flyers, começando ali um primeiro ato para que Blake resgatasse o prestígio perdido com os Kings após os problemas que teve de renovação de contrato durante seu tempo de jogador.
Ninguém discute os números de Blake com os Kings. Recrutado pela equipe em 1988, é o defensor da franquia com maior número de jogos(805), gols(161), assistências(333), pontos(494), o único até então a levar um Troféu Norris jogando pelo Los Angeles Kings e membro do Hall da Fama do hóquei. Esses números por si só são atributos que o credenciariam com muitos méritos para tal honraria, o problema foram os "problemas contratuais" que levaram duas vezes à sua saída da equipe, em 2001 e 2008.
No verão de 2000 Blake rejeitou um proposta de renovação de contrato de $40M por mais 5 temporadas, querendo algo em torno do que Chris Pronger havia assinado com o St Louis Blues($29.5M por 3 temporadas). Com o não de Rob Blake os Kings já começavam a arquitetar uma possível troca para não perder seu defensor sem receber nada em troca. Depois disso ainda houve um episódio em setembro de 2000 durante a pré-temporada, quando Blake se negou a ser o capitão da equipe no jogo em questão, muito por conta do imbŕoglio no contrato. Na época houve uma proposta especulada que seria maior do que a primeira oferecida mas que também foi rejeitada pelo jogador. Sem chegarem a um acordo Blake foi trocado junto com o então novato Steven Reinprecht para o Colorado Avalanche por Adam Deadmarsh, Aaron Miller, Jared Aulin e mais uma escolha de primeira rodada de 2001(Dave Steckel). Do pacote recebido Deadmarsh foi o maior destaque, mas infelizmente devido às frequentes lesões teve sua carreira interrompida precocemente, mas ainda assim não fez com que os torcedores esquecessem da "traição" de Rob Blake. O sucesso imediato que o defensor teve nos Avs também não ajudou (incluindo uma série dos playoffs de 2001 em que os Avalanche eliminaram os Kings). Blake permaneceu em Colorado por mais cinco temporadas até voltar para os Kings como agente livre em 2006.
Após uma temporada que os Kings perderam a vaga nos playoffs no último mês, os Kings decidiram mudar toda a sua estrutura. Saíram Dave Taylor e Andy Murray para as chegadas de Dean Lombardi e Marc Crawford, junto com eles também veio Rob Blake. Aos 37 anos essa era sua chance de limpar a barra com a torcida e aposentar no time no qual ele foi recrutado. Blake encontrou um time bem novo e em reestruturação regida por Lombardi, então era compreensível que o time não buscasse algo grandioso na temporada e que o experiente defensor fosse um mentor à jovens jogadores como Dustin Brown, Patrick O'Sullivan e Anze Kopitar. Mas as coisas não andaram bem.
Quarto pior time da liga em 2007, Blake dava sinais de desinteresse. Lombardi então tentou trocá-lo na última temporada de seu contrato, mas sem sucesso(na época o defensor tinha um NTC no contrato, e especulou-se que ele havia recusado algumas trocas oferecidas por Lombardi, mas Blake negou que isso aconteceu). Ao fim da temporada os Kings terminaram com a segunda pior campanha da liga e Rob Blake acabou assinando com o rival San Jose Sharks como agente livre, sepultando qualquer chance de reconcialiação com grande parte da torcida que se sentiu traída em 2001.
Após uma temporada que os Kings perderam a vaga nos playoffs no último mês, os Kings decidiram mudar toda a sua estrutura. Saíram Dave Taylor e Andy Murray para as chegadas de Dean Lombardi e Marc Crawford, junto com eles também veio Rob Blake. Aos 37 anos essa era sua chance de limpar a barra com a torcida e aposentar no time no qual ele foi recrutado. Blake encontrou um time bem novo e em reestruturação regida por Lombardi, então era compreensível que o time não buscasse algo grandioso na temporada e que o experiente defensor fosse um mentor à jovens jogadores como Dustin Brown, Patrick O'Sullivan e Anze Kopitar. Mas as coisas não andaram bem.
Quarto pior time da liga em 2007, Blake dava sinais de desinteresse. Lombardi então tentou trocá-lo na última temporada de seu contrato, mas sem sucesso(na época o defensor tinha um NTC no contrato, e especulou-se que ele havia recusado algumas trocas oferecidas por Lombardi, mas Blake negou que isso aconteceu). Ao fim da temporada os Kings terminaram com a segunda pior campanha da liga e Rob Blake acabou assinando com o rival San Jose Sharks como agente livre, sepultando qualquer chance de reconcialiação com grande parte da torcida que se sentiu traída em 2001.
Agora não se sabe qual vai ser a reação que a torcida terá no jogo da aposentadoria de seu número, tanto que foi notório o constrangimento do Blake quando chegou sua hora de levantar a Copa Stanley meses atrás, onde houve um misto de aplausos e vaias. A atitude mais correta seria apenas aplaudir um dos grandes defensores de todos os tempos, mas é difícil cobrar racionalidade dos torcedores mais fanáticos. O único fato é que dia 17 de janeiro contra o Anaheim Ducks Rob Blake terá seu número eternizado na história do Los Angeles Kings, amando-o ou odiando-o.
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