Um jogo para matar qualquer um de raiva e do coração, cardíaco ou não. Um jogo que parecia um copo d’água, mas virou uma tempestade. Um jogo que tinha tudo para ser fácil, mas acabou de uma forma sofrida, mas bem. Finalmente, demorou, mas saíram os primeiros pontos de 2011.
Fazia tempo que eu não via um Los Angeles totalmente enérgico como nesse primeiro período. No comecinho do jogo, achei que ainda seria devagar, mas aos 2:13 Dustin Brown me mostrou que eu estava errado e abriu o placar, após belo passe de Anze Kopitar. Mesmo com a vantagem, o time manteve a postura ofensiva e, como o adversário jogava aplicando o físico, os Kings não ficaram atrás. Sete minutos e 10 segundos após o gol inicial, Alec Martinez fez 2x0 e ampliou o placar num powerplay. Pouco depois, Kyle Clifford e Derek Dorsett resolveram brigar, com vantagem para Clifford, pois conseguiu atingir o adversário com mais impacto. Com quase 4 minutos para i fim do período, Jarret Stoll recebeu um bom passe de Drew Doughty bem na frente da meta e não perdoou: marcou 3x0! Doughty fez uma boa contribuição no ataque. Os Kings atuaram tão bem que nem mesmo a penalidade cometida por Jarret Stoll no fim do período pareceu desmotivar o time, que não deixou o Columbus aproveitar esta vantagem.
O segundo período continuou a mesma coisa, embora sem tantos gols e sem as brigas. O time não deu sossego aos Jackets, e mesmo com um jogador a menos, Jarret Stoll fez 4x0, numa boa jogada em que o time soube segurar a posse, manter a calma e soube passar o disco. Uma enorme pena que pouco depois da metade do jogo, Matt Calvert marcaria seu primeiro gol num vacilo de Jonathan Quick. O novato deu um forecheck em cima de Dustin Brown, e o disco ia em direção ao gol. Quick foi passar o disco, mas pegou mal no disco e não voltou a tempo de desviá-lo. Mesmo assim, isso não abalou o time, que continuou pressionando. Motivou um pouco o Columbus, mas o nosso jogo continuou.
Só que quando você vacila uma vez, não pode dar sopa pro azar, certo? Pois Jonathan Quick tentou fazer mais do que devia, e acabou ficando fora do gol num wrap-around de Rick Nash. O atacante, percebendo isso, sabia que tinha tempo e o usou para chutar, mesmo sem ângulo, e marcar o segundo gol. A partir daí, as cosias começavam a mudar. O Columbus ainda marcou o terceiro e, se não fosse Ryan Smyth, essa história poderia ser diferente. Primeiro, porque ele ficou na frente de um disco que Jared Boll chutou e tinha endereço certo. Segundo, porque pouco depois disso ele fez o quinto gol. Gol importantíssimo, pois Nash diminuiu logo depois, e a tensão voltou a pairar sobre o Staples Center. O drama só acabou aos 30 segundos finais, quando Justin Williams marcou um gol de empty net e enterrou qualquer chance de virada do Columbus. Fim do sofrimento, fim da angústia, fim da frustração. Finalmente, depois de 5 jogos seguidos perdendo, o Los Angeles finalmente, embora de forma bem sofrida, volta a saber o que é uma vitória! Dois pontos, preciosos, finalmente nossos!
Bem, finalmente essa crise, por ora, deu uma trégua. A primeira vitória do Los Angeles Kings em 2011 veio. E tudo isso graças a um ataque que lutou e não deu sossego ao adversário e, na hora H, bloqueou um chute que iria ser gol e marcou mais um gol para que a vantagem no placar continuasse nossa (Ryan Smyth fez isso). A única coisa que ficou nítida nesse jogo é que a defesa está deixando um pouco a desejar. E Quick resolveu encarnar o Jason LaBarbera nos tempos em que era titular aqui. Claro que ao se comparam, mas uma coisa Quick mostrou nesse jogo (e contra o WIld também) que lembra muito, que é a falta de confiabilidade. Quick é um ótimo goleiro, mas ele tem dado uns vacilos que, por ora, ainda não custaram tão caro. Dessa vez, o time ainda conseguiu vencer. Se bem que ele não é o único responsável pela fase, mas se ele tivesse segurado as pontas bem hoje, a história desse jogo seria diferente...
Enfim, o que importa são os dois pontos. O resto o time se acerta. Essa vitória vai dar uma boa, e necessária, motivação. Agora é torcer para, pelo menos, o ataque não perder esse ritmo. Mesmo porque, Willie Mitchell voltou ao time, e isso é uma boa notícia. Por ora, celebremos essa vitória.
Logo abaixo, os dois últimos jogos, que não postei aqui. Um breve resumo:
Kings 3 x 4 Blackhawks
Podia ter vencido esse jogo. Começou os 8 primeiros minutos excelentes e saiu na frente. Mas, depois, a carência de consistência começou a aparecer, e o time permitiu que os Hawks virassem o jogo e cadenciassem o ritmo a partir do 2º período. Quando tentou acordar, ainda teve que se deparar com a má sorte, pois além da defesa adversária estar atenta, o time ainda estava naqueles dias em que nada dava certo. Melhorou, mas, mesmo assim não deu.
Kings 2 x 5 Predators
Não assisti a esse jogo, mas não deve ser difícil imaginar: com os Kings começando o jogo e abrindo o placar em 2x0, terminar o jogo assim só pode querer dizer uma coisa: consistência zero. Ainda mais quando se trata de um time cujo confronto anterior goleamos por 6x1. Paciência, galera, paciência...é sem querer querendo.
Agora, aguardemos o Toronto!
GOOOO KINGS!
2 comentários:
O fato do time ter levado quatro gols quase sem resposta é algo preocupante
é verdade...começou bem, impôs um ritmo avassalador, mas não conseguiu manter...
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