Santos, SP – Neste momento, são exatamente meia-noite e doze minutos de 11 de outubro, véspera de feriado. Aqui estou eu, Felipe Corrêa, com a 2ª partida do Los Angeles Kings na temporada 2010-11, partida esta que tive a boa sorte de assistir. Esta é mais uma matéria minha, assim como a matéria anterior, escrita a partir do que eu assisti na partida e complementada com algumas consultas nas estatísticas do jogo.
Após a estreia ruim perdendo por 4x0 para a equipe do Edmonton Oliers, o Calgary Flames conseguiu dar a volta por cima e derrotar o Los Angeles Kings por 3x1, na sua estreia em casa. Ambos os times jogaram sua 2ª partida da temporada.
O primeiro período do jogo lembrou um pouco o jogo de Vancouver, salvo pelo fato de que teve menos jogadores sendo penalizados. O ataque do Calgary fez Jonathan Bernier fazer umas boas defesas, principalmente no reflexo. Já os Kings não conseguiam concluir as jogadas da forma que queriam, de modo que sempre havia algum defensor dos Flames pronto para bloquear os chutes. Mesmo assim, Mikka Kiprusoff ainda teve que atuar bem e contar com a sorte da trave estar do lado dele.
No segundo período o jogo já começou a ficar mais difícil para Los Angeles. Era notável o perigo que era levado para Bernier, devido a alguns erros na troca de passes e no domínio do disco. Um desses erros, em certa etapa do jogo, forçou Rob Scuderi a bloquear um chute de um atacante dos Flames, e o disco encontrou a mão do defensor. Ele saiu do rinque depois da jogada, dando a parecer que se lesionara, mas não foi nada de mais.
O controle dos Flames se fez valer pouco depois da metade do jogo. Craig Conroy servia penalidade com pouco mais de 10 minutos, devido a um roughing em Drew Doughty. Aos 11:31, Jack Johnson, pressionado, acabou dando um passe ruim e Brett Sutter dominou o disco na linha azul de sua defesa. Ele fez um passe para Curtis Glencross, que estava nas costas de Jack Johnson. O defensor dos Kings percebeu tarde demais e não conseguiu detê-lo. Glencross, que estava exercendo pressão mesmo seu time em desvantagem, avançou pela direita de Bernier e o driblou, chutando de backhand num movimento que cobriu a perna do goleiro até por o disco no canto fora do alcance. Flames 1x0.
Depois disso, mesmo em powerplay, os Kings perderam o momento e não conseguiram fazer muito. Eu não me lembro bem o lance, mas Bernier ainda teve que fazer boa defesa com pouco menos de 2 minutos para o fim do 2º período, num chute de, se não estou enganado, Craig Conroy.
Calgary ampliou a vantagem com pouco mais de um minuto no 3º período. Vindo da zona neutra, Craig Conroy se deslocou até pouco depois da linha de ataque na esquerda (do goleiro), ficando mano a mano nesse lado com Davis Drewiske. O central canadense usou o defensor ianque como corta-luz e mandou uma slap shot no canto direito, que Bernier não conseguiu defender. Dois a zero.
Com quase 7 minutos para o fim do jogo, os Flames quase fizeram 3x0. No ataque, Drew Doughty brigava pela posse do disco nas bordas. Porém, o jogador adversário levou melhor e jogou o disco para a zona neutra. Só que, nesse meio tempo de disputa, Ryan Smyth havia chegado para ajudar, mas Doughty acabou atingindo o adversário nas pernas com o stick e Smyth, tentando desviar o disco, mergulhou no gelo mas não o alcançou. Isso resultou num contra-ataque de 2-contra-1, que fez Jonathan Bernier defender um chute de one-timer que foi na sua direita, chute baixo. Bons reflexos.
Faltando 5:54 para o fim do jogo, Dustin Brown diminuiu a vantagem. Doughty, atrás do gol, passou o disco para Kopitar, que chutou e teve o seu chute desviado para dentro do gol por Dustin Brown, que estava na frente da meta adversária.
Porém, faltando 22 segundos para o fim do jogo, Niklas Hagman marcou um gol e sepultou qualquer esperança de empate. Foi um gol de “meta vazia”, pois os Kings tiraram Bernier e colocaram mais um atacante em campo. Como Brad Richardson cumpria penalidade, então os Kings, mesmo com o atacante extra, estava com o mesmo número de jogadores na ocasião.
Bem, destaque novamente para Brayden Schenn, que por pouco não pontuou. Como disse Jim Fox, “Uma coisa que todo novato aprende logo cedo é que suas habilidades não mudaram, mas sim as dos goleiros que passarão a jogar contra.” Alem disso, também vale ressaltar que, embora tenhamos bons jogadores, os Kings andam tendo o mesmo problema que tiveram nos playoffs temporada passada: dificuldade para pontuar no jogo igual, 5-contra-5. Pode ser cedo demais para pensar assim ou mesmo para pensar em eventuais trocas, mas isso é algo já para se pensar, se certas expectativas feitas para essa temporada realmente pretendem ser alcançadas. Também me questiono se foi uma boa ideia deixar Matt Greene de lado da defesa e também tenho minhas dúvidas sobre Ponikarovsky, muito embora ele tenha feito um jogo melhor e mais disciplinado perto da noite passada, em Vancouver.
Mas bem, agora é torcer para que a torcida anime o time na estreia em casa contra os Thrashers. Se puderem vingar os 7x0 que sofremos lá ano passado seria melhor ainda!
Enfim, por hoje é só!
Estatísticas nos pormenores: http://www.nhl.com/ice/boxscore.htm?id=2010020025
2 comentários:
Poderiamos sair bem melhor em Calgary, dominamos boa parte do jogo mas o time não soube criar chances de goal nem no PP. TeMu tem que rever essas linhas ai..
Pra mim ta muito claro que o Kings vai precisar de alguma troca, principalmente visando um top-6 forward. Schenn na quarta linha é um desperdício, Loktionov fora tambem.
O time jogou muito bem o primeiro perdiodo, dominamos por completo, em compensaçao no resto do jogo fomos mal e pagamos por isso.
Gostei bastante do Muzzin na partida de ontem.
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