Hoje, para variar um pouco, não vou fazer o famoso "recap" para os jogos. Também, convenhamos: com o hóquei que o Los Angeles Kings vem apresentando ultimamente, seria até um exagero fazer um recap completo; e não venha me justificar esta recente vitória de 1x0 sobre os Islanders, porque o time venceu, mas nem de longe convenceu.
No meu ponto de vista, as coisas iam muito bem para nos até aquela importantíssima vitória por 4x3 sobre o Detroit Red Wings no Staples Center. É certo que os Red Wings vêm fazendo uma temporada longe do de costume para eles, mas têm dois pormenores que não diminuem nossos méritos:
1º: Não se pode subestimar uma equipe que está numa árdua briga pelos playoffs, e este é exatamente o caso deles, especialmente na época que os enfrentamos.
2º: Independente da situação, um time do porte do Detroit sempre é difícil enfrentar.
Eu lembro muito esse jogo, não só porque batemos o recorde de vitórias consecutivas na franquia (desde os tempos do Grande Wayne Gretzky), mas também pela forma que o time jogou: perdíamos por 3x0 no começo do 2º período, mas conseguimos arrumar um jeito de empatar (mesmo os Wings colaborando com falhas) e, sob intensa pressão adversária no 3º período (com direito a dois chutes na trave e Quick trabalhando muito), conseguimos fazer o 4º gol e escrever mais um capítulo na história dos Kings. Ou seja, a equipe mostrou raça e caráter suficiente para reverter tal placar contra tal equipe, com uma certa pressão para bater este recorde. Não foi o recorde que surpreendeu, mas a forma com que ele foi conquistado.
Porém, na partida seguinte, pegamos os nossos rivais Anaheim Ducks. Os indícios já começaram a aparecer ali, com o time já cometendo penalidades desneessárias, jogando mais timidamente, como se já estivessem bem acomodados, já garantidos nos playoffs. Pelo menos, naquele jogo, o time não perdeu o foco ofensivo (uma vez que os Kings metralharam no 3º período com 18 chutes, contra apenas 7 do adversário), o que significa que a defesa de Anaheim e Jonas Hiller foram fundamentais para a vitória deles por 4x2. Tanto que, quem acompanhou por alto as olimpíadas, viu que a Suíça, pátria de Hiller, deu trabalho para os finalistas Estados Unidos e Canadá, justamente porque Hiller fizera um ótimo trabalho. Mesmo assim, os Kings poderiam ter jogado melhor...
Já contra os Oilers, foi basicamente a mesma história: penalidades infantis, time acomodado...só que já começaram a se acomodar sem mesmo terem uma vantagem numérica e, como já era esperado, mesmo o Edmonton sendo o pior time da liga fora de casa, abriram o placar no 2º período e ampliaram para 2x0 pouco antes da metade do 3º período. Depois que os Kings perceberam que o tempo já estava acabando, resolveram começar a jogar e, felizmente, empataram o jogo antes do fim, mas não conseguiram evitar a derrota nos pênaltis. É fato que o poderio ofensivo também se fez muito presente (uma vez que os Kings chutatam 43 vezes contra apenas 23 do Edmonton e, com exceção do 1º periodo, nos outros (inclusive o OT) os kIngs deram mais que o dobro de chutes a gol), mas faltou mais vontade do time.
Felizmente, no último jogo antes das olimpíadas e a primeiro confronto da temporada contra o Colorado Avalanche, que ocorreu em casa, essa impressão foi apagada. Finalmente o time acordou, construiu uma vitória vantajosa com um bom esforço do ataque, da defesa e dos times especiais, que marcou um no powerplay e matou os PK's que teve durante o jogo. O time parecia que havia recuperado o espírito vencedor e, por isso, pôde descansar bem o recesso das olimpíadas (com exceção dos convocados para suas seleções, é claro!). Um bom placar por 3x0 contra um time que também está na mesma luta, na mesma situação que a nossa.
Bem, e o resto vocês já sabem, visto o post anterior mais aí embaixo. Os Kings até voltaram bem contra os Stars, mas depois parece que o brilho se apagou, vocês sabem o porquê. Tanto que, neste último jogo contra os Islanders, as linhas de ataque eram quase que completamente novas, tamanha as modificações. Não deu muito resultado, mas como disseram Rich Hammond e Dustin Brown, "A esta altura qualquer dois pontos são bem vindos". Eu só sugiro que comecem a fazer por merecer os dois pontos, porque se for pra vencer desse jeito o tempo todo, Los Angeles vai pagar um tremendo mico nos playoffs, se é que conseguirá manter a vaga.
Assim como o Fernnando postou logo ali embaixo, as partidas destacadas em vermelho foram totalmente apáticas, do ponto de vista de um time que quer se livrar de um jejum que já o abate desde 2002. Não sei, mas se as coisas continuarem assim, isso é, se os Kings continuarem a olhar o tempo passar e não fizerem por onde, tudo vai acabar como em 2006. Bem, pra quem acompanha a NHL há alguns anos e/ou quem era fã do jogador Valeri Bure, vai saber muito bem porque citei 2006, ou melhor, a temporada de 2005-06. Porque foi nesta temporada, desde 2002, que os Kings mantiveram sua melhor chance de ir à pós-temporada. Tempo em que Valeri Bure defendeu as nossas cores e, por algum tempo, os Kings chegaram a liderar a conferência oeste. Porém, devido a muitos fatores (certo que lesões foram um tremendo empecilho, mas isso não justifica) e ao relaxamento do time, nem mesmo a pós-temporada o time conseguiu ir. Quase ninguém achou que o time ficaria de fora, mas, aconteceu.
Portanto, é melhor os Kings abrirem os olhos e acordarem agora, enquanto ainda há tempo para vencer, garantir a vaga e a chance contra um adversário direto nos próximos dois jogos (Colorado Avalanche) é agora. É melhor evitar os erros do passado, ainda mais agora que as lesões deixaram de ser um problema como outrora, antes que seja tarde demais.
PS: Fernnando, eu podia ter feito isso nos comentários do outro post, mas vou fazer aqui mesmo: discordo de você sobre o Ivanans, não se esqueça que a função dele não é ser uma estrela e sim intimidar quem quer que se cresça pra cima dos Kings. As suas outras críticas eu concordo, menos ocm essa (sim, hoje eu resolvi criticar tudo o possível!).
Los Angeles Kings
Conferencia | Oeste |
---|---|
Divisao | Pacifico |
Fundação | 1967 |
Historia | Los Angeles Kings 1967–presente |
Arena | Staples Center |
Cidade | Los Angeles, California |
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2 comentários:
Bela materia, Felipão.
Agora em relação ao Ivanans, eu estou com Fernnando. Não tem condições de ter aquele cara no time. além de fazer penalidades bestas, ele não sabe patinar, não sabe defender, não sabe atacar, resumindo.. não sabe fazer nada além de lutar.
Espero que o Kings acorde e vá aos playoffs.
ahahahah Boa Lipao!! Realmente esse jogo em especial contra o Red Wings eu vibrei demais, tinha certeza que o time viraria o jogo.
Sobre o Ivanans cara, eu entendo que ele nao está lá pra ser alguma referencia de jogo e mais fazer o papel de enforcer mesmo que cabe a ele, mas vamos a alguns pontos:
1° - Em 133 jogos ele marcou apenas 2 pontos, nessa temporada ele ainda nao fez nada. Ele incrivelmente nao acrescenta em nada ao time. Sério, ele é muito desengonçado jogando, mal para em pé no rink, um verdadeiro saco de batatas com patins.
2º - No ultimo jogo que entrou ele jogou por apenas 3 minutos de jogo, qual o sentido desse cara estar nas linhas do Kings?!
3° - Nesse papel de intimidação sou muito mais o Clune "Honey Badger" do que ele, temos até o Simmonds que nao pensa duas vezes em partir pra cima.
Mas claro, essa é a MINHA opiniao, voce tem todo o direito de discordar.
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