LA Kings Brasil

Santos, SP – São pouco mais de 01:30. Acabou o jogo lá no Xcel Energy Center. Com o gol de Handzus no shootout, o Los Angeles Kings consegue sua 6ª vitória na temporada 2010-11 e, no momento, é o líder da divisão do Pacífico. Num jogo eletrizante e de levar os nervos à flor da pele, segue o resumo baseado no jogo que assisti. Divirtam-se:

Um jogo bem agitado logo no começo. Fosse Justin Williams um pouco mais ligeiro, dominaria um disco logo à esquerda do goleiro e teria um bom espaço para abrir o placar. Também houve outra boa chance na sequência, mas faltou pouco. Porém, aos 5 minutos de jogo, John Madden abriu o placar num rebote do chute de Clayton Stoner. Foi sorte, pois Quick nem percebeu, quando percebeu, tentou cobrir, mas já era tarde.

Os Kings não sentiram esse gol, mas quase dois minutos depois, Nick Schultz, num chute da linha azul, ampliou o placar. 2x0

Depois disso, os Kings esfriaram um pouco sentindo o baque. Mas roubou o momento denovo depois que Kyle Clifford foi tirar satisfação de um tranco que tomou. Chamou pra briga, mas o adversário amarelou. Na mesma jogada, Kevin Westgarth foi pro banco por slashing. A maior prova de que os Kings estavam om o momento foi o fato do Wild, por pouco em duas chances, não ter tomado um gol de shorthanded.

Depois, duas penalidades a favor dos kings. Não tiveram gols, mas o time jogou certinho: manteve o Wild quietinho lá na defesa. Minto. O gol saiu na segunda chance, com um míssil de Jarret Stoll para vingar o gol do Schultz. 2x1

Depois, penalidades de Alexei Ponikarovsky e Guillaume Latendreusse fizeram o período finalizar com apenas 4 jogadores de linha de cada lado. Vantagem do Wild no placar, mas domínio de Los Angeles.

O equilíbrio permaneceu no jogo até que o jogo voltou a ter cinco jogadres de linha para cada lado. A partir daí, foi pressão total e unilateral dos Kings. O Minnesota teve sua melhor chance quando resolveram dar um Major em Dustin Brown por ter feito jogo perigoso num tranco que deu em Antti Mietinnen, se não me engano. Mesmo assim, quase levaram um SH do Stoll no fim dessa penalidade, que foi morta sem os Kings tomarem gol. Pouco depois, quando Brad Staubitz fez penalidade, Clifford foi falar mais gracinhas tentando provocar outra contenda, mas não deu em nada.

Depois de um chute na trave de Justin Williams, uma chance que Smyth só não marcou no turnover deles porque a cobertura do jogador deles foi excelente, tirando o disco quase em cima da linha, e mais uns ataques que ficaram no quase, Kopitar fez um gol de PP com 18 segundos pro fim do 3º, com 5-contra-3 no PP. A justiça que o jogo precisava. A recompensa por tanta pressão. A recompensa pela persistência. Segundo período acabou com o momento ainda dos Kings e um PP de 1:36.

Já o terceiro período começou com os Kings fazendo mais pressão, também por manter o momento do jogo. Continuou tendo chances de marcar, mas o Minnesota conseguiu se segurar. Quick foi muito bem nas vezes que foi acionado, fazendo boas defesas, e também contou com o apoio da sua defesa, que atuou muito bem. Um terceiro período sem muitos atrativos maiores, pois só houve a penalidade de Jack Johnson no comecinho (que rendeu pouco mais de 1 min de PP pro Wild) e, além de alguns empurra-empurras por parte de Clifford e Drewiske, nada de muito atrativo na 3ª etapa, já que os times se conservaram para a prorrogação. Na verdade, Ryan Smyth quase marcou num chute que bateu no ombro do goleiro Backstrom, mas o defensor foi mais rápido, viu o disco e o desviou para a segurança do goleiro. Isso foi há menos de 20 segundos para o fim do 3º período.

Na prorrogação, deu mais Los Angeles que Minnesota, mas nada de mais aconteceu. Minnesota se segurou mais uma vez para levar o jogo ao shootout.

Kopitar, Stoll e Handzus venceram o jogo para os Kings, na 5ª rodada, com Quick defendendo duas cobranças. Não da forma que deveria, mas justo: o time que mais atacou, venceu.

As cochiladas no começo do jogo quase custaram caro ao time, mas depois a defesa se recuperou incrivelmente bem. Lembro bem de um lance que Matt Greene se atrapalhou com o disco e quase deu um turnover à lá Johnson, mas tiru o disco da defesa e deixou o atacante no chão, pra aprender a largar de ser besta. Além disso, Greene, Drewiske, Scuderi, Harrold e, até arrisco, Johnson jogaram muito bem, fazendo o certo e não comprometendo. Willie Mitchell, como nos outros jogos, dispensa qualquer comentário. Para quem acha exagero, vale lembrar que todos fizeram bons pokes e boas marcações, anulando muitas das poucas boas chances que o Minnesota criava após marcarem os dois gols. Além dessa do Greene, posso citar uma de cada um deles. Se doughty está fora, parece que cada um deles jogou pelo seu companheiro machucado. Se analisarmos o time após os dois gols sofridos, arrisco: nota 10 a todos!

No ataque, presença de Stoll e Kopi (inclusive no SO) implacáveis. Smyth e Williams persistentes. Richardson, Simmonds e Loktionov fazendo PK parecer PP. Aliás, se o PP era problema, hoje foi a solução. Times especiais vencem jogo sim! (Poderia ser melhor não fosse a expulsão de Dustin Brown, mas eu tenho minhas dúvidas quanto a isso, não achei que era pra tanto).

Quick mostrou a que veio quando precisou!

Agora, podem vir, Blackhawks!!!

Estatísticas nos pormenores: http://www.nhl.com/ice/boxscore.htm?id=2010020116